Em 9 de Março de 1890, um grupo de homens-bons de Colares, de que distinguimos José Inácio da Costa, Eduardo Rodrigues da Costa, João Duarte Roxo, José Inácio Paulo da Costa e António Maria Dias Pereira Chaves Mazziotty, fundaram a Associação dos Bombeiros Voluntários de Colares com o fim estatutário de
socorrer os habitantes d’ esta Villa e proximidades nos casos d’ incêndios e suas consequências, podendo o seu auxílio tornar-se extensivo a calamidade d’ outra natureza quando as circunstancias o exigirem mas sempre com os seus estatutos.
Ficou desta forma fundada, a primeira Associação de Bombeiros Voluntários de todo o concelho de Sintra, o seu Corpo de Bombeiros, comandado por Eduardo Rodrigues da Costa, ficou a constituir nos primeiros tempos a 5ª Esquadra da Real Associação dos Bombeiros Voluntários da Ajuda, em face de necessidade de apoio na preparação técnica do pessoal. - Que longo e difícil foi o caminho percorrido!
A consciência de um passado, quantas vezes construído com amor, abnegação e até altruísmo, faz-nos sentir a responsabilidade de transmitir aos vindouros um património moral e espiritual cada vez mais enriquecido.
Passados 130 anos, a Associação tem-se deparado com um crescente volume de desafios que têm colocado à prova as nossas capacidades de nos preparamos para responder às renovadas necessidades da população que servimos.
O crescimento da Associação tem sido orgânico, quer seja ao nível das infraestruturas, recursos humanos e viaturas, sendo estas últimas um pesado investimento que ano após ano, tem sido minimizado com os donativos dos beneméritos.
As várias direções procuraram, no exercício dos seus mandatos, explorar melhor as nossas instalações, desenvolvendo um complexo desportivo de piscinas, que atualmente tem também a valência de ginásio, e um centro clínico com várias valências para proporcionar um vasto conjunto de serviços, em especial, à população do concelho.
Enaltecendo os fundadores e tornando as suas palavras como lema, relembramos que, uma coletividade é como uma árvore: mergulhando raízes no passado, oferece os frutos do presente nos quais se contêm as sementes de nova vida a projetar-se no futuro.
Que a sombra dessa árvore, cujo os atuais 130 anos, longe de a envelhecerem são a pujança da sua juventude, nos retempere a generosidade para sermos dignos continuadores desses homens-bons que em 1890 fundaram os Voluntários de Colares. Aos que nos antecederam, desde os mais destacados aos mais humildes, aqui fica a nossa sincera e merecida homenagem.